Você já observou as ilhas ao longo do litoral macaense? A próxima segunda-feira, 15 de setembro, é data de aniversário de 36 anos da Lei Municipal nº 1.216, de 1989, que criou o Parque Natural (ilhas) e a Área de Proteção Ambiental (raio de 4 quilôetros em torno do Parque) do Arquipélago Santana. Ela visa proteger este ecossistema, que inclui as ilhas de Santana, Francês e Ilhote Sul.
O arquipélago de Santana é um santuário ecológico e histórico. As ilhas abrigam aves migratórias da América do Norte e são o lar de gaivotas, atobás-marrons e tesourões, além de guardarem segredos geológicos que as conectam ao geoparque definido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
“Comemorar o aniversário do Parque e APA é também um convite para o futuro. Em breve será lançado para a população o plano de manejo, documento essencial que vai guiar a proteção e a gestão do arquipélago. O aniversário de 36 anos do Arquipélago de Santana é uma celebração da natureza e um lembrete da nossa responsabilidade em protegê-la. Cuidar de nossas ilhas é cuidar da história e da biodiversidade de Macaé”, destaca o secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Clima, Philipe Salgado.
O arquipélago é uma coleção de belezas únicas. A Ilha do Francês, a única aberta para visitação, é o paraíso dos mergulhadores, com suas águas claras e ricas em vida marinha. A Ilha de Santana é a maior e a mais histórica, abrigando o Farol de Santana, de 1901, e uma base da Marinha. Já o Ilhote Sul é um refúgio para a reprodução de aves, um espetáculo que pode ser apreciado à distância.
Para aumentar a conscientização sobre a importância da conservação, um livro digital está disponível como uma fonte de pesquisa e de inspiração. O livro “Aves Marinhas do Arquipélago de Santana, Macaé (RJ)”, criado pelas pesquisadoras Liz Nunes da Costa e Patrícia L. Mancini, aborda este e outros temas, oferecendo curiosidades, informações sobre conservação e até ilustrações para colorir. É uma forma de aprender e se encantar com a fauna marinha. Você pode acessá-lo gratuitamente no perfil do Instagram @nasasasdosatobas ou por meio deste link.
A pesquisadora Patrícia Mancini destaca que os estudos com a população de atobás-marrons do Arquipélago de Santana fornecem informações valiosas sobre o ambiente e seu entorno.
“O rastreamento remoto revela as áreas utilizadas pelas aves para buscar alimento, que podem ser impactadas por futuros empreendimentos offshore. Já as análises de resíduos sólidos nos ninhos e de elementos químicos em penas atuam como indicadores da qualidade ambiental, e pode subsidiar estratégias de conservação na região”, ressalta.