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Walking Tour: Igreja de Sant’Anna é ponto de visitação deste mês – Notícias de Itaperuna e Região

A Igreja de Sant’Anna é o ponto histórico que será visitado na edição deste mês do projeto Walking Tour. O primeiro passeio cultural será nesta sexta-feira (15), às 10h. O segundo será no dia 22, às 14h. Qualquer pessoa pode participar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail: [email protected].
O objetivo do projeto é a valorização da memória local e o estímulo ao turismo cultural. O passeio guiado é feito pela guia de turismo Paloma Rosa, que apresenta informações históricas e curiosidades sobre cada ponto escolhido.
Além de sua relevância religiosa, a Igreja de Sant’Anna guarda parte importante da formação do território e da identidade macaense. Os primeiros registros dos Jesuítas em Macaé datam em 1634. No princípio, foi fundada à margem do rio Macaé e próximo ao Morro de Sant´Anna, uma fazenda agrícola, que no correr dos anos ficou sendo conhecida como Fazenda de Macaé ou Fazenda do Sant´Anna.
No alto do morro foi construído um colégio, ao lado uma capela e um pequeno cemitério, que guarda até hoje os restos mortais de alguns Jesuítas. Em 1759, a fazenda foi incorporada aos bens da coroa pelo desembargador João Cardoso de Menezes, nesta ocasião os Jesuítas foram expulsos do Brasil, imposição feita pelo Marquês de Pombal.
A Igreja de Sant´Anna foi fundada um século mais tarde, em 1896, e hoje é um patrimônio da cidade. Durante a visita guiada o grupo poderá conhecer além de detalhes da parte externa, visitar a capela da igreja e o minimuseu. Quem tiver interesse, basta enviar o nome completo e a data escolhida. A sugestão é que os participantes utilizem calçados fechados, levem água e proteção para o sol. Em caso de chuva o passeio é cancelado.

Lenda
Conta a lenda que a Imagem de Sant´Anna foi encontrada por pescadores, numa das Ilhas do Arquipélago que lhe dá o nome (Ilha de Sant´Anna). Trazida para o povoado, a imagem teria sido colocada no Altar Mor da Capela dos Jesuítas, desaparecendo misteriosamente no dia seguinte. Foi encontrada alguns dias após, na ilha e levada novamente à Capela. O fato repetiu-se mais duas vezes. Na terceira fuga, concluíram os devotos que a Santa sentia saudades da ilha que era avistada do Altar da Capela.
Desta forma reedificaram o templo, voltando sua fachada frontal para o ocidente onde a Santa não divisaria mais o mar e o arquipélago de onde viera.

Thiago Reis
Estudante de jornalismo, atua sob supervisor Editor chefe. Cobre Itaperuna, interior do Rio, times do Rio.