A segunda etapa do projeto Restinga Boa é Restinga Nativa, que será realizada na Praia do Pecado, em Macaé, vai ser lançada com uma audiência pública, em 2 de setembro, às 10h, no auditório Cláudio Ulpiano, Cidade Universitária de Macaé. A ação de manejo ambiental da Secretaria Municipal de Ambiente, Sustentabilidade e Clima (Semas) com o tema ‘Um presente para a Restinga’ visa a retirada de espécies exóticas que ameaçam a biodiversidade local.
“Esta iniciativa faz parte de um esforço contínuo para restaurar e conservar os ecossistemas costeiros, especialmente a restinga, um dos ambientes mais frágeis e importantes do nosso litoral. Ao remover as espécies invasoras, estamos dando um verdadeiro presente para este ecossistema, permitindo que ele volte a respirar e cumpra sua função ecológica com mais eficiência. Preservar a restinga é proteger não apenas a natureza, mas também a qualidade de vida das populações próximas à faixa litorânea. A ação da Semas é um passo fundamental para a recuperação do equilíbrio ecológico da região, promovendo a regeneração das espécies nativas e reforçando o compromisso com a sustentabilidade ambiental”, enfatiza o secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Clima de Macaé, Phelipe Salgado.
Conforme o cronograma da pasta, após a audiência pública, haverá, no dia 8 de setembro, na orla da Praia do Pecado, uma ação para corte e remoção de casuarinas mortas. No dia 20 de setembro, as espécies invasoras: gaiolinhas (que podem causar danos a pessoas), yucas, e amendoeiras serão retiradas do local. Já o plantio de espécies nativas nos fragmentos de restinga da Praia do Pecado terá início em 27 de setembro.
De acordo com técnicos da Semas, as espécies exóticas invasoras, introduzidas de forma intencional ou acidental, competem com as plantas nativas por espaço, luz e nutrientes, impedindo o desenvolvimento natural da vegetação da restinga. O conjunto de plantas costeiras que constituem a restinga atua como um escudo natural contra a erosão e o avanço do mar. A restinga abriga uma rica biodiversidade e contribui para a regulação do clima local. O projeto Restinga Boa é Restinga Nativa conta com o apoio do Ministério Público. Todas as ações de remoção de exóticas, cercamento e plantio contam com apoio da Secretaria de Serviços Públicos.
Restinga da Praia dos Cavaleiros
A primeira fase do projeto Restinga Boa é Restinga Nativa foi iniciada em 21 de junho de 2022 com a retirada de castanheiras e de outras espécies exóticas à restinga, na orla da Praia dos Cavaleiros, trecho em frente ao Tênis Clube ao Posto 2, seguindo posteriormente até a Praia Campista. O trabalho de remoção de espécies invasoras foi orientado pelo Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ). Após a remoção, em 19 de setembro de 2022, próximo ao posto 2, ocorreu o projeto de extensão Vivenciar do Nupem, coordenado pelo professor Rodrigo Lemes e apoiado pela Secretaria Municipal de Ambiente.
O Vivenciar e a Prefeitura plantaram Blutaporon portucaloides, Alternanthera marítima, Pilosocerus arrabidae, Impomea pes-caprae, Carnavalia rosea, Neoreglia cruenta, Aechmea blanchetiana e Sophora tomentosa. Também houve ação para recomposição de vegetação, em 10 de agosto de 2022, nas praias dos Cavaleiros e Campista, com plantio de mudas de guriri, bromélia da praia, cartucheira e cactos.
Restinga da Praia Campista
A restinga da Campista recebeu, em 07 de novembro de 2022, 540 mudas nativas, plantadas próximo à sede da Petrobras. A ação foi concretizada em parceria com o Nupem e com o Instituto Federal Fluminense (IFF).
Restinga da Praia do Lagomar
Em continuidade à primeira fase do projeto Restinga Boa é Restinga Nativa, a Secretaria Municipal de Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em 25 de junho de 2024, iniciou o cercamento e a remoção de espécies exóticas à restinga, no Lagomar, próximo à Unidade de Conservação do Parque Nacional de Jurubatiba. Em 4 de julho de 2024, a Prefeitura plantou mudas de espécies nativas no local.
“A ação foi dividida em dois trechos: um de 453 metros lineares de vegetação, com o plantio de cerca de 60 mudas de restinga, incluindo espécies como guriri, canavalia, neomarica candida e alternanthera marítima, e outro de 920 metros. A restinga do Lagomar possui uma diversidade interessante. No campo, conseguimos identificar sete espécies, entre elas: ipomea, blutaparon, alternanthera, canavalia, cacto e sophora”, disse a coordenadora de Arborização e Paisagismo da Semas, engenheira ambiental Fernanda Norbert.