Já está disponível aqui no portal da Prefeitura de Macaé o formulário de mapeamento de Trancistas do município. O censo é uma iniciativa da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Macaé. Além de online, o cadastro também pode ser realizado presencialmente na sede da secretaria. O objetivo é reunir informações importantes sobre as trancistas da cidade como trajetória, tempo que atua, como aprendeu o ofício, local de atuação, demandas e necessidades. O município conta com uma média de 100 trancistas. Podem participar trancistas do município, que atuam em salões ou em domicílios nos bairros, área central e região serrana.
A ação visa reconhecer, valorizar e fortalecer os profissionais que atuam com trançados afro-brasileiros — prática ancestral que carrega história, identidade e resistência. A finalidade da Secretaria Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial é destacar reflexões e articulação de propostas e atividades em prol do profissional.
Diante do preenchimento, a equipe da Igualdade Racial irá compilar informações, que servirão de base para a formulação de políticas públicas, qualificação profissional, ações de apoio e visibilidade para essas mulheres negras, que movimentam a economia e preservam saberes tradicionais.
Vale lembrar, que o Prefeito Welberth Rezende sancionou em 2024, a Lei 5.230/2024, que cria o Dia Municipal da Pessoa Trancista, que é comemorado anualmente no dia 6 de junho. Essa lei, estabelece que a data passe a fazer parte do calendário oficial do município. De acordo com a Secretária Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial,Ingrid Aprigio essa é uma das ações afirmativas da Secretaria em cumprimento à sua missão de promover a igualdade racial no município, combater o racismo estrutural e ampliar o reconhecimento das práticas de matriz africana.
“O mapeamento das pessoas trancistas de Macaé é um passo fundamental para identificar esses profissionais, garantir a visibilidade e pensar em estratégias de reparação financeira.É de suma importância o reconhecimento dessa tradição ancestral, com um ofício, uma arte e uma forma de resistência”, salientou Ingrid Aprígio.
Tranças – As tranças de cabelo têm uma história longa e rica, com origens que remontam a África, em que até hoje são usadas em diversas tribos. O uso de tranças como uma forma de expressão cultural, social e até mesmo de resistência. No Brasil, as tranças foram trazidas pelos africanos escravizados durante a época colonial, e tornaram-se um símbolo de resistência e identidade cultural. Atualmente, as tranças são uma forma de expressão artística, de moda e de mercado de trabalho para muitos.